TB - TERESA BARATA

View Original

A Curva da Felicidade

Sabia que os níveis de felicidade ao longo da vida fazem uma curva em U? Diversos estudos mostraram que os anos em que normalmente somos mais felizes, são os primeiros e os últimos anos de vida, até aos 20 anos e depois dos 50 anos.

No livro «A curva da Felicidade», Jonathan Rauch’s conta-nos que isto não acontece só com os humanos, alguns primatas experienciam também esta curva ao longo da vida. O autor define esta curva como normal e natural pois é por volta dos 50 anos que mudamos a nossa forma de estar na vida, as nossas prioridades, os nossos valores e começamos a encontrar prazer em pequenas coisas que até aí não valorizávamos.

A verdade é que a maturidade desperta uma satisfação pessoal e traz-nos a sabedoria de sermos mais gratos e generosos connosco e com os outros. E o que ainda é mais espetacular é que os estudos mostram que depois dos 50 anos é possível recuperar a mesma vitalidade e positividade que tínhamos na infância e adolescência.

Não foi por acaso que alguns autores chamaram à Menopausa, «A Mudança» ou «A Ponte». Esta fase das nossas vidas, que pode ser bastante perturbadora para algumas mulheres, pelas mudanças físicas e os sintomas que traz com ela, funciona como uma chamada de atenção para nos obrigar a abrandar e a mudarmos os nossos hábitos e rotinas e podermos entrar na segunda fase da vida, no nosso melhor.

Quando conseguimos ter essa capacidade de olhar para a Menopausa como um marco de mudança e abraçamos tudo aquilo que ela nos traz, esse é o período em que começamos realmente a viver em toda a nossa plenitude e a sermos verdadeiramente felizes. Encontramos mais tranquilidade, mudamos a perspetiva e começamos a olhar a vida de uma forma mais plena e gratificante. Temos mais compaixão, mais sabedoria e gratidão.

Saber envelhecer é uma arte, a arte de aceitar, de abrir a nossa mente e despertar a nossa criatividade para abordar cada novo ano como um presente que nos traz novas experiências e novas descobertas e nos permite viver cada dia em toda a nossa plenitude e sabedoria.