Num mundo focado no AntiAging e na juventude eterna, nasce um movimento de homens e mulheres acima dos 50 anos, que valorizam o envelhecer e que o vivem de uma forma plena, aceitando e honrando tudo aquilo que ele traz.

Sabia que os níveis de felicidade ao longo da vida fazem uma curva em U? Diversos estudos mostraram que os anos em que normalmente somos mais felizes, são os primeiros e os últimos anos de vida, até aos 20 anos e depois dos 50 anos.

Este é o ano em que vou fazer 60 anos. Olhando para estes últimos 10 anos da minha vida vejo que foram anos de muita aprendizagem e de profundo auto conhecimento. Uma década de verdadeiro renascimento.

Algumas coisas importantes que aprendi nestes últimos 10 anos:…

Esta semana fiz 59 anos. Sempre adorei fazer anos, e por isso o dia do meu aniversário é normalmente um dia feliz. E este ano assim foi também.

Com a aproximação dos 60 anos tenho observado com atenção as mudanças que acontecem no meu corpo e tenho feito uma grande introspeção sobre o que é para mim envelhecer e como é que isso me faz sentir.

Como mulheres, cada uma de nós, independentemente da idade, temos a responsabilidade de contribuir para a mudança de mentalidade em relação à menopausa.

Sabia que podemos começar a sentir os primeiros sintomas da peri menopausa com 30 e poucos anos? E que os sintomas podem durar mais de 10 anos em algumas mulheres?

O conceito YIN e YANG tem as suas raízes na China antiga, na filosofia Taoista e existe para tentar descrever os dois lados da nossa existência. Segundo este conceito a vida é feita de padrões. E todos os padrões são formados por contrastes: escuro/claro, bom/mau, alto/baixo, etc. Para os taoistas, a harmonia é atingida quando conseguimos encontrar o equilíbrio entre dois padrões. Como um pendulo que vai balançando entre um lado e outro, entre o Yin e o Yang, ambos presentes e sempre trabalhando em combinação um com o outro.

Janeiro, o primeiro mês do ano, o mês do embrião, do renascer, o mês da luz. Desde o solstício de Inverno, os dias começaram já lentamente a crescer e as noites a diminuir. Sentimos a luz a crescer, a promessa da vida, o potencial da alegria. É o mês em que a vida na terra começa a nascer, em que as sementes começam a germinar, bem lá no fundo da terra, na escuridão, num lugar ainda não visível aos nossos olhos. É tempo de reflexão e de descanso.

Entender a natureza e os seus ciclos ajuda-nos a entender os nossos estados de espírito. Nomeadamente a roda do ano com as suas diferentes estações. Cada mudança de estação tem um efeito direto em cada um de nós, afetando a forma como nos sentimos fisicamente e emocionalmente.

Setembro tem sempre aquele sabor a recomeço. Voltamos de férias com vontade de fazer diferente, de mudar as nossas rotinas e de ter uma vida mais calma e mais conectada com aquilo que realmente queremos e somos.

Mas quando retomamos a rotina, e nos deparamos com tantas obrigações e tarefas na nossa lista de afazeres, rapidamente deixamos para trás todas as nossas boas intenções.

Hoje em dia a prática e vivência do yoga estão tão entranhadas em mim, que é difícil distinguir quem sou eu sem o Yoga.

A palavra YOGA vem do sânscrito e significa união. União de corpo, mente e espírito. É essa união que sinto cada vez mais em mim e que vivo através do yoga: a integração e harmonização de corpo, mente e espírito.

Ao longo destes 25 anos de prática, recebi e aprendi muito, sobre mim, sobre os outros e sobre a vida. Hoje partilho alguns desses presentes, que o yoga me ofereceu:

Adoro café! Adoro beber uma boa chávena de café com leite vegetal cheio de espuma e com chocolate ou canela em pó por cima 😊

No entanto, ao longo dos últimos anos, tenho-me apercebido que nem sempre o meu corpo tolera bem o café. Comecei a estar mais atenta e a tentar perceber a razão pela qual nuns dias o café me dava um Kick off delicioso, sem mais efeitos secundários, e noutros dias afetava o meu sistema nervoso e deixava-me muito acelerada e mal disposta, prejudicando mesmo o meu sono noturno apesar de só o beber de manhã.

Depois de muitas experiências, muita leitura e muita auto-observação, cheguei a algumas conclusões importantes:

SETE PASSOS PARA ENTRAR NA PRIMAVERA NO SEU MELHOR

Chegou a primavera, mudou a hora e os dias começam a ficar mais longos. Os animais saem da sua hibernação invernal e as plantas começam a despertar. Assim nós, também começamos a sentir uma vontade de sairmos á rua, de conectarmos com o exterior e de nos abrirmos para a vida.

A primavera traz consigo uma vontade grande de «limpar», de nos livrarmos do velho e libertarmos lugar para o novo.

Deixo aqui algumas ideias para se preparar para esta estação maravilhosa. de corpo, mente e alma:

QUER SABER UM POUCO MAIS SOBRE O QUE SÃO AS MINHAS AULAS DE YOGA?

Quando me perguntam que tipo de aulas de yoga dou, nem sempre é fácil descrevê-lo de uma forma rápida e sucinta. Porque é tão difícil por em palavras tudo aquilo que diáriamente tento ensinar em cada uma das minhas aulas.

Posso começar por dizer que a base é Hatha Yoga, inspirado na escola Anusara Yoga. Anusara Yoga é uma prática muito focada no alinhamento. O aluno aprende a alinhar o corpo enquanto desenvolve um entendimento claro de como o corpo funciona. Tem as suas raízes na filosofia tântrica, não dualista de que somos todos bons e de que a vida é uma dádiva que somos convidados a celebrar através da pratica do yoga (…)

Estamos a chegar ao fim de mais um ano, àquela altura em que começamos a olhar para trás e a analisar aquilo que conquistámos, os desafios que enfrentámos e tudo aquilo que gostaríamos de ter feito, mas que ficou pelo caminho.

E, já com os olhos postos no novo ano , começamos a pensar naquilo que queremos alcançar, a analisar o que não está bem nas nossas vidas e que gostávamos de mudar ou de fazer diferente.

Já Albert Einstein dizia que para termos resultados diferentes temos, antes de mais, começar a fazer as coisas de forma diferente. Não podemos esperar resultados diferentes quando continuamos a manter as mesmas rotinas, a ter as mesmas prioridades e os mesmos vícios.

Se quer mudanças positivas na sua vida, está na hora de tomar a responsabilidade pelos seus pensamentos, pelos seus actos e pela sua vida. Deixar de culpar circunstâncias externas ou outras pessoas por aquilo que acontece ou que não acontece. As rédeas da vida são suas, e está nas suas mãos começar a dar os primeiros passos para uma mudança sustentável e positiva. Assim que começar a fazê-lo vai sentir-se bem consigo mesmo pois estará a contribuir para o seu bem-estar e crescimento interior, beneficiando-se a si próprio e ao mundo à sua volta.

Já reparou como de repente parece que todos voltámos a ter vidas ainda mais agitadas do que tínhamos antes da pandemia? Estas ultimas semanas, em que finalmente começámos a voltar a uma vida supostamente normal, tenho sentido uma energia muito forte no ar e a perceção de que andamos todos um pouco perdidos, sem rumo e sem saber muito bem lidar com toda esta agitação. Parece que somos constantemente inundados por estímulos externos e que acabamos por passar os dias demasiado acelerados, o que nos causa stress e ansiedade e nos desconecta do nosso centro e daquilo que realmente somos e queremos.

É importante termos consciência do que se está a passar, deixarmos de apenas reagir e começarmos a sentir e agir, tomando as rédeas do nosso bem-estar e criando as condições necessárias para termos uma vida serena e equilibrada.

Nestas fases em que me sinto um pouco perdida e com demasiadas solicitações tento dar prioridade a estas 6 rotinas que são essenciais para conseguir manter-me equilibrada, focada e conectada com a minha essência.

O mês de setembro traz-nos sempre uma nostalgia de fim de férias. As saudades dos dias sem horas marcadas, as conversas pela noite dentro, as manhãs sem despertador e os finais de tarde na praia.

O regresso á rotina e ao trabalho vem normalmente carregado de sentimentos negativos como tristeza, apatia, irritabilidade, alteração do sono, mau estar geral, ansiedade, que podem durar dias ou até semanas.

Mas existem formas de minimizar este estado e até de nos trazer algum prazer neste regresso.

Estar na casa dos 50 anos pode ser muito inspirador! Apesar de haver algumas posturas de Yoga que já não faço e roupas que já não uso, há milhares de coisas boas que esta fase da vida me traz :)

Para além de correr mais riscos, me importar menos com o que os outros pensam e de seguir cada vez mais a minha intuição e o meu coração, consigo apreciar tudo o que a vida me dá de uma forma mais feliz.

Deixo-vos aqui algumas das coisas que me aprendi e assimilei:

Chegou finalmente a Primavera!

Foi um longo e duro Inverno e, tal como um animal no final da sua hibernação, estamos todos desejosos de sair de casa, passear ao ar livre e aproveitar o sol... E como é primavera, venho-lhe pedir para se apaixonar!

Não falo na paixão arrebatadora por uma outra pessoa. Falo na paixão pela vida, pela sua magia e por tudo o que nos dá. Viver apaixonado pela vida é um dos segredos da felicidade.

Por isso, nesta primavera, apaixone-se!

Inverno, a estação do frio, das chuvas, da neve, dos dias curtos, das noites longas, do vento frio e das árvores despidas.

Mas também a estação do conforto, das mantas quentes, do fogo nas lareiras, das canecas de chá quente, dos cozinhados reconfortantes, de dormir a sesta, de ver filmes no sofá, de dormir em conchinha, das camisolas quentes de lã, do chocolate quente e de ficar na cama a ouvir a chuva lá fora.

O inverno é um período de descanso e recolhimento. A altura do ano em que a Terra se recolhe para se nutrir escondida nas suas profundezas, germinando as suas sementes e ganhando forças para nascer mais tarde, com todo um novo vigor (…)

Passar tempo na natureza, observar os seus ciclos e a sua beleza efémera, é uma verdadeira inspiração que nos transporta de imediato para a nossa própria natureza interior relembrando o nosso papel como parte de um todo magnifico e colocando tudo o resto em perspetiva.

A natureza convida-nos a abrir os corações e a ouvir. Hoje em dia, com as nossa vidas citadinas repletas de tarefas urgentes, passamos demasiado tempo fechados em casa, no carro, no escritório, cada vez mais desconectados da natureza e de nós próprios, com pouca disponibilidade para tirar alguns minutos do nosso dia para irmos dar um passeio na natureza, observar a sua beleza e conectar com os seus ciclos.(…)